Fonte: Rede Angola
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As famílias que se encontram
abrigadas desde Abril de 2009 no Zango 1, em Viana, estão aflitas com as
condições de vida, que pioram dia à dia. Amontoados de lixo, água
parada, mau cheiro, moscas e falta de saneamento básico é o cenário do ambiente
onde 3.500 pessoas vivem desconfortavelmente em casas de chapa de zinco, sem
água, energia eléctrica ou casas-de-banho. As necessidades maiores e menores
são feitas em sacos plásticos e jogadas na lixeira ao redor, que tem causado
várias doenças e mortes naquele perímetro. De acordo com os moradores, as
crianças não frequentam a escola e não existem postos de saúde para
socorrer os residentes.
Tudo começou no dia 19 de Abril de 2009. Na altura, Francisca do Espírito Santo exercia a função de Governadora de Luanda. Sem aviso prévio, nem alternativa onde alojar os moradores, foram destruídas as casas do bairro Benfica, na Ilha, segundo nos conta um dos residentes, Osvaldo Pereira.
Foi criada uma lista para registo
dos nomes e os proprietários das casas receberam fichas de identificação, tendo
sido depois transportados para o Zango 1, que se encontrava completamente
vazio e sem condições de habitabilidade, o que fez com que as famílias
permanecessem uma semana ao relento até novas orientações. Passado mais
algum tempo, receberam tendas que albergavam 12 famílias cada.
Nessa ocasião, a Elisal disponibilizou casas de banho
móveis, só que estas não duraram mais de cinco dias, por falta de
saneamento, de acordo com o relato de Osvaldo Pereira.
Os governantes sobretudo os angolanos têm de respeitar mais o detentor da soberania popular, portanto o povo. Dando-lhes as condições meninas de habitabilidade, é desta forma que se valoriza o dono da riqueza? Olha como se vive no Zango1, em Viana, é desumano.
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