quinta-feira, 30 de abril de 2015

UNITA DECIDIU CONSIDERAR “GENOCÍDIO”

Na sequência de uma reunião extraordinária realizada ontem para analisar o Relatório dos deputados do povo que estiveram no Huambo a recolher testemunhos e outras evidências, a UNITA decidiu considerar “GENOCÍDIO” o massacre de cidadãos indefesos que ocorreu no Município na Caála em resposta ao assassinato dos polícias assassinados pelos membros da seita de Kalupeteka.
 
De facto, nos termos dos artigos 6 e 7 do Tratado de Roma, que institui o Tribunal Penal Internacional, constitui “genocídio” “qualquer um dos actos que a seguir se enumeram, praticado com intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, rácico ou religioso, enquanto tal:
  1. a) Homicídio de membros do grupo;
  2. b) Ofensas graves à integridade física ou mental de membros do grupo;
  3. c) Sujeição intencional do grupo a condições de vida pensadas para provocar a sua destruição física, total ou parcial;
  1. d) Imposição de medidas destinadas a impedir nascimentos no seio do grupo;
  2. e) Transferência, à força, de crianças do grupo para outro grupo”.
Recorde­se que, na sua mensagem à Nação, o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, afirmou que o seu Executivo iria desenvolver acções para desmantelar a seita de Kalupeteka. O verbo “desmantelar” e os actos de homicídio que se seguiram sugerem que a intenção do executivo é a destruição física do grupo religioso, o que que constitui, de facto, genocídio, nos termos e para os efeitos do direito internacional penal.
O Deputado Leonel Gomes, da CASA­CE, esteve ontem no local dos crimes. Falando para a Rádio Despertar esta manhã, revelou ter presenciado evidências “de uma grande catástrofe”, uma “vergonha nacional”, um “massacre sem necessidade e sem qualquer justificação”, que terá deixado no ar um “cheiro nauseabundo”.
Eis a íntegra do Comunicado da UNITA.
COMUNICADO: COMITÉ PERMANENTE DA COMISSÃO POLÍTICA
O Comité Permanente da Comissão Politica da UNITA reuniu aos 29 de Abril de 2015, em sessão extraordinária, sob a presidência de Isaías Henrique Gola Samakuva, Presidente da UNITA, para apreciar o Relatório dos Deputados do Povo à Assembleia Nacional a quem foi incumbida a missão de constatar, no Huambo, a veracidade dos factos relatados nas queixas, denúncias e reclamações recebidas de diversas famílias, sobre os acontecimentos ocorridos no monte Sumi, município da Caála, no dia 16 do corrente, ligados à seita Luz do Mundo, liderada por José Kalupeteka.
Da análise do Relatório, o Comité Permanente registou o seguinte:
  1. a) Os deputados do povo trabalharam no Huambo durante quatro dias, tendo reunido com as autoridades locais, recolhido imagens vídeo sobre chacina e registado depoimentos de dezenas de cidadãos, entre sobreviventes do genocídio ocorrido no monte Sumi, familiares das pessoas até hoje desaparecidas, testemunhas que presenciaram e escaparam dos assassinatos, religiosos, polícias e militares que participaram na operação.
  2. b) Os deputados do povo não tiveram acesso à área onde a maioria dos crimes terá ocorrido porque foram impedidos por ordens ditas superiores. Apesar das garantias fornecidas pelo Governador da Província, em reunião, de que iriam ao local para constatar os factos in loco, no dia seguinte, na hora da partida, o acesso foi‐lhes negado pelas autoridades locais que alegaram não possuírem “ordens superiores” para o efeito.
  3. c) Em resposta ao assassinato de nove cidadãos da Polícia Nacional atribuído a membros da seita Kalupeteka, o povo registou actos de perseguição, raptos e de caça ao homem contra cidadãos indefesos, membros e não membros da seita Kalupeteka. Registou em particular o desaparecimento de muitos cidadãos e o assassinato de mais de mil, dentro e fora da área cujo acesso foi bloqueado aos deputados.
  4. d) Nem todos os perseguidos, mortos e desaparecidos são membros da seita Kalupeteka. Dezenas de camponeses que residem ou que foram encontrados nas suas lavras situadas próximo do monte Sumi e vizinhanças das Comunas do Cuima e da Catata, há quilómetros de distância do principal local dos crimes, também terão sido assassinados.
  5. e) Há insistentes relatos da existência de valas comuns no local cujo acesso foi bloqueado aos deputados do povo, onde um número indeterminado de cadáveres teria sido enterrado e desenterrado posteriormente para serem escondidos em valas mais pequenas na região circunvizinha.
  6. f) Há sérias contradições na versão oficial dos acontecimentos.
  7. g) Há um clima de terror na Província, em particular nos Municípios da Caála e do Huambo e um grande sentimento de repulsa pelos actos de violação dos direitos humanos que terão sido cometidos pelas autoridades públicas.
  1. h) Os deputados do Povo foram ameaçados, tendo‐lhes sido dito que as autoridades não se responsabilizariam pelo que lhes fosse acontecer, caso tentassem atingir o monte Sumi.
  2. i) Aos deputados do Povo também foi negada a visita ao cidadão José Kalupeteca.
Em face dessas constatações e considerando em particular as obstruções criadas pelas autoridades a quem incumbe proteger a vida e garantir o respeito pelos direitos humanos, universalmente consagrados, o Comité Permanente da Comissão Política conclui que algo de muito grave terá ocorrido no Monte Sumi e arredores, no dia 16 do corrente e seguintes.
Assim sendo, considerando o facto de que Angola é membro de organizações internacionais que devem garantir a inviolabilidade da vida e assegurar o respeito pelos direitos humanos e a paz e segurança das famílias, povos e nações;
O Comité Permanente da Comissão Política da UNITA decidiu:
  1. a) Lamentar e condenar mais uma vez os assassinatos de agentes da autoridade e de centenas de civis indefesos ocorridos na Província do Huambo nos dias 16 do corrente e seguintes.
  2. b) Repudiar energicamente o clima de terror que se criou na Província do Huambo visando coartar as liberdades democráticas dos cidadãos.
  3. c) Solicitara os órgãos competentes da Organização das Nações Unidas e outras, a realização de um inquérito sobre o genocídio do Monte Sumi.
Luanda, 29 de Abril de 2015
O Comité Permanente da Comissão Politica da UNITA

PARTEIRAS DE TODO O PAÍS NO CENTRO DE SIMULAÇÃO DE PARTOS



A Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros reuniu-se, nesta quinta-feira, na sua quarta sessão ordinária, para entre outras avaliar a implementação de programas nos domínios da saúde, educação, cultura e repatriamento de refugiados. Segundo o comunicado de imprensa, a 4ª sessão ordinária orientada pelo Vice-Presidente da República, Manuel Domingos Vicente, avaliou também o programa do Executivo para o melhoramento do controlo do funcionamento do ensino privado e a melhoria da saúde materno-infantil.

 A nota dá realce à capacitação de 260 parteiras de todo o país no Centro de Simulação de Partos de Coimbra, assim como ao reforço dos serviços neonatais em vários hospitais, postos e centros de saúde.

A Comissão foi igualmente informada sobre os passos que estão a ser dados em relação às Propostas de Política Nacional da Assistência e Reinserção Social e à Estratégia para a Expansão da Rede de Atendimento à Primeira Infância, bem como sobre a Estratégia de actuação relativamente ao Fenómeno Religioso no País.

No domínio da formação de quadros, a Comissão tomou
conhecimento de um Memorando sobre o ponto da situação do sistema de informação que permitirá acompanhar a implementação do Plano Nacional de Formação de Quadros, em tempo real, em todos os subsistemas de ensino.

No âmbito das iniciativas do Executivo para a preservação e
promoção da cultura nacional, a. Comissão apreciou um Projecto de Decreto Presidencial que aprova o Regulamento do Programa de Apoio do Estado às actividades artísticas e culturais.

O diploma, de acordo com a nota de imprensa, estabelece as normas sobre a concessão de incentivos públicos directos e indirectos, bem como os procedimentos de candidatura, avaliação, execução, acompanhamento e prestação
de contas pelos beneficiários dos projectos inscritos no referido Programa.

 

AFA TRANSPORTE NÃO É PARA TODOS


Eram por volta das 18 horas e trinta minutos, quando acidentalmente nos deparamos com João André, nome fictício, jogador da Académia de Futebol de Angola (A.F.A) na zona do Morro da Luz, onde jovem foi transportado por um táxi até ao seu local de treinamento. A nossa equipa de reportagem, que também viajava na mesma viatura, aproveitou a circunstância e conversou com João André, que almeja jogar no estrangeiro e na Selecção Nacional.  

“Os transportes da A.F. A, não são para todos”. Começou por dizer o atleta da categoria de enunciado sob-14, que mostrava um ar de preocupação com o engarrafamento que se fazia sentir na Estra da Corimba.

Cristiano Ronaldo e os familiares são os principais incentivos do jovem, que diariamente no período da noite desce e sobe, sozinho, as montanhas do crítico Bairro Huambo, em que o índice de criminalidade é cada vez maior. Mas o jovem não se intimida diante desta situação, que tira sono os moradores daquela zona da Província de Luanda.

Segundo o jogador, João André, Deus é o seu maior protector. Por isso, sobe e desce a montanha em segurança do ser supremo.

“Os transportes só recolhem os jogadores dos períodos da manhã e tarde, mas os  atletas que treinam a noite não têm direito a transporte ”, rematou o jovem.   

terça-feira, 28 de abril de 2015

100 MIL DÓLARES É QUANTO VALE MIGUEL CATRAIO


Fonte: Clube K
Os familiares da jovem Nikilauda Vieira Dias Galiano “Neth”, terão rejeitado uma oferta de 100 mil dólares americanos destinada a retirar a queixa-crime contra o dirigente do MPLA, Miguel Catraio que está detido desde sexta-feira, por haver indícios de que tenha sido o principal instigador da agressão a honra daquela cidadã angolana.

 Terá sido em função da recusa desta oferta, que o assunto foi parar aos órgãos de justiças, encorajado por uma carta de uma plataforma  de mulheres desligadas a OMA, que fora  enviada ao Procurador Geral da República, João Maria de Sousa exigindo justiça.
 Miguel Catraio segundo posição de juristas em Luanda, não pode ser autor moral da agressão por estar claro de que ele tenha ordenado as suas amigas a agredirem “Neth”. O mesmo entrará no processo como instigador mas podendo levar a mesma pena que as agressoras, identificadas por “Jussila”, Neth Nahara, Irina Neto e etc.

NÃO MATAMOS CIVIS DIZ PAULO DE ALMEIDA


O segundo comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-chefe Paulo Gaspar de Almeida, negou recentemente, no Huambo, informações segundo as quais a corporação matou cidadãos civis na operação de captura do líder da seita religiosa A Luz do Mundo, José Julino Kalupeteka.

De acordo com a autoridade policial, muitos jornais, rádios e sites estão a especular o número de fiéis mortos, e aclarou que morreram 13 pessoas não inocentes, que estiveram a confrontar-se com os agentes da ordem, "os ditos seguranças do líder da seita e autores dos assassinatos”.

 "Os 13 mortos são franco atiradores, pertencentes à guarda do Kalupeteka, que tinham por objectivo neutralizar e desestabilizar a operação", afirmou.

 Falando numa formatura geral, o responsável reconheceu o brio e profissionalismo demonstrado pelos nove polícias assassinados por seguidores desta seita, pois, de acordo com o comissário-chefe Paulo Gaspar de Almeida, se assim não fosse muitos cidadãos encontrados no acampamento poderiam ser mortos.

 “Temos que destacar estes grandes camaradas, que, durante os confrontos de três horas com os fiéis seguidores do tal Kalupeteka, souberam poupar vidas humanas de crianças, mulheres e velhos.

 Paulo de Almeida também esclareceu não ter havido negligência alguma da parte da corporação, explicando que os membros envolvidos na operação não podiam reagir, pois sabiam da presença de crianças, mulheres e velhos dentro do acampamento e que podiam ser mortos inocentemente.

 "Muitos não sabem o que se passou na localidade de São Pedro Sumé e dizem que fomos negligentes. Repito, foram três horas de confronto e a Polícia não podia reagir para não matar civis enganados pelo Kalupeteka.

"DEZ MIL EUROS É O VALOR DA MULTA"


A direcção do Petro de Luanda vai desembolsar dos seus cofres dez mil euros para o pagamento de multa referente à ausência na 31ª edição da Taça dos Vencedores das Taças, a disputar-se de 15 a 25 de Maio, em Libreville, Gabão numa organização da Confederação Africana de Andebol (CAHB), que aplicou a sanção ao clube angolano.

Decorridos sete anos de participação consecutiva, a contar de 2008, e igual número de títulos conquistados, a formação sénior feminina de andebol do Petro de Luanda falha a presença na segunda prova continental, por razões financeiras.
Com efeito, após a notificação da CAHB dirigida à federação, a direcção do clube tricolor tem até seis meses para efectuar o pagamento, sob pena de ser impedida de jogar a Taça dos Clubes Campeões, agendada para Outubro, na cidade marroquina de Nador. Por conta da ausência, a formação petrolífera tem ainda a obrigação de devolver o troféu em sua posse, e fica impossibilitado de participar na edição de 2016. Na presente edição, o 1º de Agosto faz a estreia na prova, e o Progresso  Sambizanga participa pela segunda vez.

MASSACRE EM CALULO


O Recreativo do Libolo assumiu, ontem, a liderança isolada do Campeonato Nacional de Futebol da Primeira Divisão, Girabola 2015, com 19 pontos, após triunfo contundente sobre o ASA, por 4-0, no estádio Patrice Lumumba, na vila de Calulo, no  Cuanza Sul.
O jogo foi para o encerramento da décima jornada da competição, marcado pela expulsão do médio Avex, dos aviadores, por agressão a um adversário.
Eddie abriu o marcador, aos 37 minutos, na sequência de uma recarga, enquanto os restantes golos foram apontados por Eddie Boyom (59), Dário (67) e Chico (86). Com esta goleada, os aviadores mantém-se na aflita 13.ª posição da tabela classificativa, com dez pontos. 
A jornada dez ficou marcada pela derrota do Kabuscorp do Palanca, vice-campeão nacional, com o Sporting de Cabinda, por 1-2, em pleno Estádio Municipal dos Coqueiros, em Luanda, para tristeza dos seus exigentes adeptos.
Na mesma jornada, destaque para a partida em que a Académica do Lobito impôs uma igualdade a uma bola ao Interclube, no estádio do Buraco, atrasando o conjunto da Polícia Nacional na fuga para a liderança isolada do Girabola.

GOVERNO ANGOLANO NA CIMEIRA DE HARARE


O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, representa neste Quarta-feira, 29 deste mês, em Harare, o Presidente da República José Eduardo dos Santos na Cimeira Extraordinária da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) que aprecia o projecto de estratégia e roteiro da industrialização da região. Vários Chefes de Estado e de Governo estão já em Harare para a Cimeira que avalia, igualmente, a revisão do plano estratégico  e indicativo do desenvolvimento da região e os preparativos da terceira cimeira tripartida entre a COMESA, EAC e SADC, a ter lugar de 5 a 10 de Junho no Egipto.
O lançamento das negociações da Zona Livre de Comércio continental consta também da agenda da cimeira. A SADC definiu como prioridade para a industrialização da região o desenvolvimento industrial sustentável, competitividade produtiva e capacidade de oferta, livre circulação de bens e serviços e convergência macroeconómica orientada para a estabilidade.
A cimeira, que decorre sob o lema “Uma estratégia regional para os caminhos da industrialização”, vai, igualmente, apreciar os casos de xenofobia ocorridos na África do Sul. Com carácter extraordinário, a cimeira ocorre num momento em que Angola aposta na diversificação da sua economia, com grande destaque para os sectores industrial, agrícola e dos transportes. O funcionamento pleno do Corredor do Lobito tem grande importância estratégica para a economia da região. A delegação angolana é integrada pelas ministras da Indústria e do Comércio, Bernarda Martins e Rosa Pacavira, que participaram na reunião do Conselho de Ministros.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

MATERIAL ESCOLAR JÁ É FEITO NO PAÍS



O ministro da Educação, Pinda Simão, considerou hoje, segunda feira, na cidade da Catumbela, província de Benguela, a fábrica de mobiliário escolar da empresa Maroliv como um investimento que vem facilitar a disponibilização directa dos equipamentos escolares de qualidade e reduzir os custos do mesmo.
O governante, que procedeu a inauguração da fábrica, acrescentou ser bastante positivo ter produtos de fabrico nacional, reduzindo o tempo de entrega, pois durante muitos anos o país dependia de importação.
Por outro lado, Pinda Simão mostrou-se satisfeito pela criação de postos de trabalho para juventude local. A indústria empregou numa primeira fase 35 funcionários, mas perspectiva, com o desenvolvimento da mesma, aumentar a cifra para 100.
Por outro lado, o interlocutor engradeceu o facto de o investimento estar numa zona (centro sul), na Catumbela no Polo de Desenvolvimento Industrial, que precisa ser apoiado.
Assim sendo, apelou aos empreendedores nacionais a seguirem o exemplo do grupo Maroliv, que considera de "visão" e investirem na referida área.
Questionado sobre o que constactou no local, o tutelar da pasta da Educação, disse ser a tecnologia,  sobretudo para o tratamento do metal e a pintura da madeira usada na construção de carteiras e mesas, as condições de higiene e segurança de trabalho, bem como a automatização do trobalho que facilita a sua aceleração.
A fábrica de material escolar e hospitalar em metal e madeira, como armários, carteiras e cadeiras, faz parte de um programa de aquisição de material escolar, que tem como responsável o Ministério da Indústria.
 

NECESSIDADES MAIORES E MENORES SÃO FEITAS EM SACOS PLÁSTICOS, SEGUNDO OS MORADORES DO ZANGO 1



Fonte: Rede Angola
As famílias que se encontram abrigadas desde Abril de 2009 no Zango 1, em Viana, estão aflitas com as condições de vida, que pioram dia à dia. Amontoados de lixo, água parada, mau cheiro, moscas e falta de saneamento básico é o cenário do ambiente onde 3.500 pessoas vivem desconfortavelmente em casas de chapa de zinco, sem água, energia eléctrica ou casas-de-banho. As necessidades maiores e menores são feitas em sacos plásticos e jogadas na lixeira ao redor, que tem causado várias doenças e mortes naquele perímetro. De acordo com os moradores, as crianças não frequentam a escola e não existem postos de saúde para socorrer os residentes.

Tudo começou no dia 19 de Abril de 2009. Na altura, Francisca do Espírito Santo exercia a função de Governadora de Luanda. Sem aviso prévio, nem alternativa onde alojar os moradores, foram destruídas as casas do bairro Benfica, na Ilha, segundo nos conta um dos residentes, Osvaldo Pereira.
Foi criada uma lista para registo dos nomes e os proprietários das casas receberam fichas de identificação, tendo sido depois transportados para o Zango 1, que se encontrava completamente vazio e sem condições de habitabilidade, o que fez com que as famílias permanecessem uma semana ao relento até novas orientações. Passado mais algum tempo, receberam tendas que albergavam 12 famílias cada.
Nessa ocasião, a Elisal disponibilizou casas de banho móveis, só que estas não duraram mais de cinco dias, por falta de saneamento, de acordo com o relato de Osvaldo Pereira.

UNITA AFIRMA QUE MAIS DE MIL CIVIS MORRERAM NO HUAMBO


A UNITA afirmou ontem que os confrontos no Huambo, entre uma seita religiosa e a polícia, terminaram com 1.080 mortos civis, contra os 13 reconhecidos pelas autoridades. A posição foi assumida à Lusa pelo líder parlamentar do maior partido da oposição, Raul Danda, depois de no sábado um grupo de deputados da UNITA ter terminado uma visita de três dias ao Huambo, para avaliar os acontecimentos de 16 de Abril, que envolveram elementos da igreja “A luz do mundo” e a polícia, quando tentavam capturar o líder desta seita ilegal, terminando ainda com nove polícias mortos. “Ninguém se pode sentir bem, posso dizer que não tivemos um sono tranquilo. Foi feita uma chacina em nome de qualquer coisa que a gente não consegue perceber”, afirma Danda.
A UNITA garante ter contactado “diferentes sectores da sociedade” nos últimos dias, desde elementos governamentais a religiosos, mas também “angolanos que estiveram no monte Sumé [local dos confrontos], que assistiram à tragédia e escaparam milagrosamente dela” e o que apurou “é simplesmente aterrador”. “Se o assassinato dos agentes da polícia foi violento, brutal e desumano, o que se lhe seguiu não foi, nem de perto nem de longe, menos brutal, menos violento, ou menos desumano”, garante o deputado.
Os seguidores da seita liderada por Julino Kalupeteka – mais de 3.000 estariam acampados na zona aguardando pela concretização da profecia do fim do mundo em 2015 – ofereceram resistência à polícia e ao mandado de captura, mas na versão do partido do ‘galo negro’, segundo os relatos recolhidos localmente, não estariam na posse de armas de fogo. Ainda de acordo com Raul Danda, em função das agressões mortais aos agentes, iniciou-se “um verdadeiro massacre, uma verdadeira carnificina que não poupou nem homem nem mulher, nem jovem nem velho, nem mesmo as crianças”. Garante mesmo que esta versão é confirmada por elementos da “própria polícia e das forças armadas” que terão participado na operação.
“E que dizem ter disparado indiscriminadamente contra as populações, usando inclusive catanas para acabar com os feridos e assassinar aqueles que, desesperadamente, se escondiam por debaixo das camas ou de qualquer coisa, na tentativa de salvarem as suas vidas”, acusa. O acesso ao local dos confrontos permanece vedado, segundo vários relatos locais, desconhecendo-se os motivos.
As autoridades – desde a polícia aos governos provincial e central – têm vindo a reiterar que os confrontos terminaram, além dos nove agentes mortos, com 13 vítimas mortais entre os civis da seita de Kalupeteka, que já se se encontra detido. “As informações de que dispomos, no entanto, apontam para um balanço provisório de 1.080 civis mortos, entre homens, mulheres, velhos e crianças, havendo um clima de terror no seio das populações que têm medo de chorar os seus mortos para não serem conotadas com o Kalupeteka. Medo que impediu que comparecessem na morgue, conforme instrução do governo provincial, para o eventual reconhecimento de algum parente entre os 13 corpos aí expostos”, assegura Raul Danda.
A UNITA já tinha anunciado anteriormente o pedido para a formação de uma comissão de inquérito parlamentar a estes incidentes, com os deputados do partido a queixarem-se agora de terem sido impedidos, durante a visita ao Huambo, de aceder ao local dos confrontos. “Querem arranjar outra guerra, agora contra civis inocentes”, rematou Danda, criticando a atuação do Governo liderado por José Eduardo dos Santos.

POLÍCIA DISPERSA NOVA MANIFESTAÇÃO CONTRA CANDIDATURA DO PRESIDENTE

A polícia anti-motim burundesa dispersou nesta segunda-feira de manhã em Bujumbura um milhar de manifestantes que contestam a candidatura do chefe de Estado cessante Pierre Nkurunziza para as presidenciais de Junho, um dia após os confrontos que causaram dois mortos, constatou a AFP.
Segundo um jornalista da AFP, um milhar de jovens deixaram o seu bairro do norte da capital rumo ao centro da cidade mas foram travados pela polícia que os dispersou.
O governo proíbe as manifestações em todo o país. Mas segundo testemunhas, outros manifestantes, que respondem ao apelo da oposição e de grande parte da sociedade civil, tentam dirigir-se ao centro da cidade passando por outros bairros.
             
Antes de serem dispersos, os jovens, com troncos de árvores nas mãos para assinalar a sua vontade de se manifestarem pacificamente, exprimem a sua oposição a um novo mandato de Pierre Nkurunziza.
No poder desde 2005, o chefe de Estado foi oficialmente designado no sábado pelo seu partido como candidato às presidenciais de 26 de Junho.
O estadista concorre assim a um terceiro mandato, cuja oposição julga inconstitucional e sobretudo contrária aos acordos de Arusha que abriu a via para o fim da longa guerra civil burundesa (1993-2006). O seu partido considera que este terceiro mandato é perfeitamente legal.

TREINADORES 'PEGARAM-SE' NO FINAL DO CLÁSSICO

O jogo entre o Benfica e o FC Porto ficou marcado pela troca de palavras entre os treinadores dos dois clubes.  Jorge Jesus e Julen Lopetegui começaram por trocar um aperto de mão e um abraço, mas acabaram por trocar alguns insultos. De acordo com vários meios de comunicação, em causa esteve o facto de Jorge Jesus não dizer correctamente o nome de Lopetegui. Segundo o site do Record, o treinador do FC Porto chegou mesmo a ameaçar Jesus: "Se voltas a trocar o meu nome dou-te um murro", terá dito o técnico basco, de 48 anos. Jorge Jesus começou por não perceber o que Lopetegui estava a dizer, mas acabou por reagir aos insultos. O clássico entre o Benfica e o FC Porto terminou com um empate (0-0), resultado que chegou para as águias afastarem a ameaça dos dragões e ficarem mais perto de conquistar o bicampeonato.

BEBIDAS COM OS DIAS CONTADOS


A imposição de quotas à importação de bebidas, decretada pelo Governo, deve acontecer durante o segundo semestre deste ano, informou o representante da Associação das Indústrias de Bebidas de Angola, Joaquim Tandala, no fórum empresarial “Angola Business Week” que decorreu em Luanda.

Apesar do atraso na aplicação das quotas, prevista para Março passado, as novas regras entram em vigor no dia 1 de Julho.
“Temos a garantia da entrada em vigor do regime de quotas à importação de bebidas no segundo semestre, mas já vai tarde”, sublinhou Joaquim Tandala, que sublinhou o facto da medida ser uma experiência nova que exige prudência. 
“Nunca houve uma quota de importação, é uma coisa nova e há também um cuidado do Executivo para não atentar contra a concorrência desleal”, disse  Joaquim Tandala.
De acordo com a imprensa portuguesa, que cita dados do Executivo,  a importação de bebidas custa 400 milhões de dólares, mais de metade proveniente de exportações de empresas portuguesas.
Dada a capacidade instalada das fábricas que operam no país, que não está a ser utilizada, e como forma de dinamizar a produção local, o Executivo  instituiu um sistema de quotas à importação de bebidas a partir do passado mês Março.

 

PR CONSIDERA SEITA ‘KALUPETEKA’ UMA AMEAÇA À PAZ E À UNIDADE NACIONAL


Um triste acontecimento teve lugar no país na semana passada. Um grupo de fiéis da Igreja Adventista do Sétimo Dia abandonou a sua congregação e decidiu criar uma seita religiosa denominada ‘A luz do Mundo’. O grupo abandonou também a doutrina social da sua antiga igreja, que é baseada nos Mandamentos da Lei de Deus e noutros princípios da Bíblia Sagrada, e formulou a sua própria doutrina com base no fanatismo religioso, no ódio em vez do amor ao próximo, na divisão e na mentira, com o propósito de não respeitar a autoridade do Estado e de promover a anarquia.

Essa doutrina fomenta a desintegração da sociedade e a separação das famílias, estimula o pecado e é contra os valores, os princípios morais e cívicos e os usos e costumes do povo angolano. A seita ‘A luz do Mundo’ é, de facto, uma ameaça à paz e à unidade nacional.

Os seus mentores dizem que o mundo vai acabar em 2015 para assustar as pessoas, porque a Bíblia Sagrada não fixou nenhuma data para o mundo acabar. Dizem também que as famílias devem vender os seus bens, em particular as suas casas, abandonar as aldeias e vilas e viver nas montanhas e florestas.

Isto é, na realidade, um atentado à vida e ao bem-estar das pessoas, que ficam privadas de abrigo face às intempéries, de cuidados médicos e de condições para a educação dos seus filhos. É um regresso inaceitável à vida primitiva, é uma violação grave dos direitos dos cidadãos estabelecidos na Constituição e uma perturbação da ordem social aí definida.

A Procuradoria Geral da República, o Ministério do Interior e a Polícia Nacional tomaram, em tempo oportuno e em conformidade com a Lei, as medidas pertinentes para pôr termo às actividades ilegais e aos desacatos dos responsáveis da seita ‘A luz do Mundo’ nas províncias da Huíla, Bié, Huambo, Benguela e Kwanza-Sul.

A reacção violenta do chefe da seita e dos seus colaboradores mais próximos, que assassinaram os agentes da autoridade do Estado, demonstra que estamos diante de indivíduos perigosos que devem ser todos rapidamente capturados e entregues à justiça. A acção dos órgãos de Defesa, Segurança e Ordem Interna vai continuar com o mesmo vigor para desmantelar completamente essa seita e, nesse sentido, apela-se ao apoio e colaboração de toda a população. Devemos render uma profunda homenagem a todos os oficiais e agentes da Polícia Nacional que com coragem e determinação sacrificaram as suas vidas no cumprimento do dever, quando foram cobardemente assassinados pelos responsáveis da seita ‘A luz do Mundo’.

Por essa razão, deve-se promover ao grau imediatamente superior e a título póstumo estes bravos oficiais, organizando funerais com dignidade e dando todo o apoio necessário às famílias enlutadas.

Por outro lado, é necessário que o Governo promova, com o apoio da Sociedade Civil e das Igrejas, uma ampla campanha de educação para a ressocialização e integração de todos os cidadãos que foram enganados em outras vilas e aldeias ou nas suas terras de origem. O Governo deverá mobilizar os meios necessários para apoiar as províncias atingidas por este fenómeno.

Importa, pois, que a Polícia Nacional e os outros Órgãos de Defesa e Segurança reforcem a vigilância e a acção para garantir a paz e a tranquilidade das pessoas.

 

MIGUEL CATRAIO JÁ DETIDO


O actual secretário-geral do Ministério da Indústria, Miguel Catraio, foi detido nesta sexta-feira 24, em Luanda, segundo o noticiário central da Televisão Pública de Angola. O protagonista do triângulo amoroso, ou melhor, do vídeo gravado denominado "Neth" e que tornou-se "viral" nas redes sociais, deverá justificar junto às autoridades judiciais os seus actos indecorosos. A emissão do "mandato de captura" e detenção contra o cidadão Miguel Ventura Catraio, de 51 anos de idade, foi divulgado - na última terça-feira - neste portal noticioso, mas não se sabe, concretamente, as razões que levaram a Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC) a agir com tanta morosidade perante o imoral vídeo.

 

COMÉRCIO E PESCA ANGOLANA NA CIMEIRA DE HARARE


As ministras da Indústria e do Comércio, Bernarda Gonçalves Martins e Rosa Pacavira participam no Conselho de Ministros que antecede a Cimeira Extraordinária da SADC. A ministra da Indústria, Bernarda Martins, afirmou que o conselho de ministros vai preparar a cimeira extraordinária que  vai   discutir aspectos de suma importância, dos quais alguns já vêm a ser  debatidos de algum tempo a esta parte.De acordo com a governante, alguns aspectos  estão  em  condições de avançar  para a sua  implementação, enquanto noutros ainda não se encontraram consensos.“Hoje teve lugar a reunião dos peritos e dos altos funcionários que prepararam o relatório que será submetido ao conselho de ministros e, posteriormente, a cimeira de chefes de estado e governo dos países membros”, explicou. Sublinhou que os assuntos que serão debatidos nesta cimeira têm a ver, em primeira instância, com a estratégia do roteiro para a industrialização da região, cujo trabalho está preparado, discutido e em condições para começar a ser implementado, dependendo dos recursos que possam ser alocados a este trabalho. Existem, apontou, outros pontos também importantes, nomeadamente a avaliação da revisão do plano estratégico de desenvolvimento regional, que ainda tem algumas questões que não encontraram consenso. “ Neste contexto, vamos tentar no Conselho de Ministros encontrar consenso. Outro ponto que vai merecer alguma discussão está relacionado com os preparativos para o início das negociações da zona de comércio livre continental” , realçou.

JUVENTUDE TRICOLOR TRAVA EXPERIÊNCIA MILITAR


O 1º de Agosto e o Petro de Luanda empataram no Sábado, 25, no estádio 11 de Novembro, no jogo de destaque da 10ª jornada do Campeonato Nacional de futebol da primeira divisão Girabola 2015. Os tricolores adiantaram-se no marcador, por intermédio de Manguxi, e Bem Traoré empatou para os militares através da marcação de uma grande penalidade. Com este empate o 1º de Agosto soma 15 pontos na quarta posição, ao passo que o Petro, fica com 13, no oitavo lugar, numa prova liderada pelo Inter Clube com 18 pontos.