O avançado togolês do Tottenham de
Inglaterra, futebolista africano do ano em 2008, aproveitou a sua página de
Facebook para contar tudo o que se passa nas relações tumultuosas com a mãe e o
resto dos irmãos, a quem acusa de lhe extorquirem dinheiro e, ainda assim,
falarem mal dele e o insultarem. “Guardei essas histórias durante
muito tempo mas hoje penso que chegou a altura de partilhá-las convosco”,
começa por escrever o futebolista que já chegou ao ponto de dizer que a mãe
recorreu a feitiçaria para lhe arruinar a carreira.
“Aos 17 anos, com os meus primeiros
salários de futebolista, construí uma casa para a minha família e assegurei que
estavam em segurança”, continua Adebayor, que diz que convidou a mãe para o
palco quando recebeu o prémio de melhor jogador africano, que a trouxe a
Londres para consultas médicas, lhe deu dinheiro para visitar o célebre pastor
nigeriano T. B. Joshua e resolver os problemas familiares e para começar um
negócio de bolachas com o seu nome e o seu rosto.“Que mais pode um filho fazer para
apoiar a sua família?”, pergunta o jogador.
“Há alguns anos, comprei uma casa de
USD 1,2 milhões no Gana. Pareceu-me normal de colocar essa casa ao cuidado da
minha irmã mais velha Yabo Adebayor, assim como o meu meio-irmão Daniel. Alguns
meses depois, regressei de férias e reparei que havia muitas viaturas frente à
casa. A verdade é que a minha irmã alugou a casa sem me avisar”, garante. “Ela
também tinha retirado o Daniel da casa. Imaginem, a casa tem uns 15 quartos.
Quando telefonei para falar com ela, insultou-me durante 30 minutos. A minha mãe
fez a mesma coisa”, acrescenta. “É a mesma irmã que diz que sou
ingrato. Perguntem-lhe pela viatura que conduz e aquilo que vende actualmente”,
diz ainda Adebayor.
Mas não é só sobre a mãe e a irmã
Yabo que o avançado tem algo para contar, também sobre o seu irmão Kola, que
vive na Alemanha há 25 anos e lhe pediu dinheiro para começar um negócio que
não se sabe o que lhe aconteceu. “O mesmo irmão que recebeu dinheiro do The
Sun para contar histórias imprecisas sobre a nossa família”.
E sobre outro irmão, Rotimi, que colocou numa academia
de futebol em França, onde este aproveitou para roubar os outros jogadores:
“Poucos meses depois, roubou 21 telemóveis dos seus companheiros de equipa.
Havia 27 jogadores na equipa.” “A minha irmã Lucia Adebayor diz às pessoas que o meu
pai me disse para a levar para a Europa e eu recusei. Qual será o objectivo de
a trazer para a Europa? Todas as pessoas estão aqui por uma razão”, refere.
“Organizei uma reunião de família em 2005 para
resolver todos os problemas. Quando lhes perguntei a opinião, queriam que
oferecesse uma casa cada um dos membros da família e que lhes pagasse um
salário mensal. Hoje em dia estou vivo mas eles já fizeram as partilhas de
todos os meus bens. Por todas essas razões, a minha fundação teve dificuldades
para arrancar. Cada vez que quero ajudar os mais pobres, eles opõem-se”,
escreve ainda. No fim, Adebayor acaba a explicar que se expõe assim os podres da sua
família não é pela exposição em si, mas apenas para que “outras famílias
africanas aprendam com isso”.
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