terça-feira, 12 de maio de 2015

OPERADORAS DE LIMPEZA TÊM TRABALHO CONDICIONADO

FONTE: OPAÍS
Já se encontra em vigor, o período experimental daquele que será o novo sistema de gestão e recolha de lixo na cidade capital, que visa combater as deficiências do sector. O PAÍS manteve conversa com o assessor executivo da Empresa de Saneamento e Limpeza de Luanda, Elisal, que elucidou as principais problemáticas.
Ao tecer considerações sobre o fenómeno “Lixo na cidade Capital”, que já não é desconhecido, Tomás Baptista salientou que o mesmo é resultante de um conjunto de factores dentre os quais, a inexistência de um diploma legal entre os ministérios do Ambiente, das Finanças e da Administração do Território, que estabeleça o custo real por unidade de medida.
Na sua concepção, é necessário que se crie uma lei, que determine o valor a ser pago pelo lixo produzido por cada habitante, tal como o custo por quilómetro linear limpo e o valor a ser desembolsado por tonelada.
“Em média cada habitante de Luanda produz 700 gramas de lixo diário, 21 quilogramas por mês. Se forem disponibilizados três dólares por cada morador, em função dos dados preliminares do Censo (incluindo a margem de erro) são necessários 27 milhões dólares mês”, esclareceu.
Nesta perspectiva, o assessor executivo realçou que o actual rendimento disponibilizado pelo Estado, 3 milhões de dólares mensais, não supre as despesas inerentes a limpeza da cidade capital.
O engenheiro apontou que a estrutura urbana da cidade, tal como a rede de estradas sem arruamentos paralelos as vias, (onde deveriam ser colocados os contentores), tem condicionado o bom desempenho das operadoras de limpeza.
Alegando que em dias chuvosos, as vias secundárias e terciárias ficam intransitáveis, o que dificulta a mobilidade dos camiões que fazem a recolha dos resíduos sólidos das 7 às 15 horas.
Tomás Baptista fez saber que deste modo, é impossível que os veículos realizem as três viagens diárias, a qual são obrigados, da sua zona de acção até ao aterro sanitário nos Mulenvus, pelo que, tal situação contribui para o aglomerado de lixos frequentemente visível. O responsável repudiou o comportamento de alguns cidadãos que não têm colaborado na limpeza da cidade, porquanto, efectuam ven- das ambulantes nas vias estruturan- tes, produzem elevadas quantidade de lixoenão retiram.
“Tivemos conhecimento que um grupo de indivíduos usou o contentor para depósito de cerveja”, lamentou. Destacando que este acto constitui um dos problemas sociais enfrentados pela sociedade angolana, e que todos devem estar unidos para a sua resolução.

 
 

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